quarta-feira, 30 de março de 2011

Deus existe? !

Sempre que surge esta pergunta em uma roda de bate papo,junto com ela surgem também opiniões divergentes.Os ânimos se exaltam e cada um defende seu ponto de vista de forma ferrenha. Mas, é como diz o ditado: “política, futebol e religião não se discutem”. E eu sou dessa teoria, acho que cada pessoa tem a sua convicção, sua crença, sua religião, sua fé, sua seita, filosofia, ou seja lá o que for, que nem precisa ser entendida, apenas respeitada.

Confesso que não sou umapessoa lá religiosa, não frequento nenhuma igreja, nenhum templo, nem nada disso. Já até participei assiduamente da igreja Católica, frequentava o grupo de jovens, fazia parte de reuniões, cantava, fazia leituras durante as missas, mas a vida e algumas mudanças de cidade e outras conjunturas fizeram com que me afastasse um pouco, mas foi um afastamento natural, sem nenhuma revolta ou desilusão. Mas isso não quer dizer que minha fé tenha diminuído, muito pelo contrário, acho até que nos últimos tempos ela está mais forte do que nunca.

Porém minha visão de Deus não é aquela visão de um cara que fica lá no céu, de barba branca, que quer que todos os seus “filhos” os ame acima de tudo e de todos e que castiga aqueles que vão contra os seus desejos e preceitos. Deus para mim é muito mais do que isso.

Ele está em todas as coisas, eu sinto a presença dele no ar, no mar, no rio, nas árvores, no pôr-do-sol, nas estrelas, no cheirinho de terra molhada, no barulhinho da chuva, naquele abraço gostoso, no sorriso de uma criança, naquela esperança que as coisas darão certo, naquele calorzinho que a gente sente no coração quando estamos perto de pessoas queridas. Eu sei que é uma visão romântica, mas vindo de mim, não podia ser diferente. E por pensar assim, sinto a presença Dele com muito mais frequência no meu dia-a-dia, nas minhas horas. Para mim Ele é muito mais um amigo, com quem posso ter uma relação de igual pra igual, sem hierarquia ou superioridade.

Não acredito que para encontrarmos Deus temos necessariamente que ir à igreja todos os domingos, sentar naquele banquinho e ficar ouvindo o padre, o pastor, o rabino (...). Para encontrarmos Deus temos que olhar muito mais para dentro de nós, para nossa alma, é uma busca interna, que claro a igreja pode ajudar, mas se nós não soubermos procurar no lugar certo, lá dentro, nunca o acharemos.

E quando as coisas não vão bem, quando algo de ruim acontece em nossas vidas, isso, para mim, certamente não é um castigo Dele, são circunstâncias da vida, naturais na existência de todos nós, e todos os acontecimentos servem para crescermos, para nos tornarem quem somos. Até os fatos ruins moldam nossa personalidade, nossa forma de encarrar a vida, nossas convicções e atitudes. Não quero dizer que temos que aceitar resignadamente coisas desagradáveis, muito pelo contrário, elas acontecem pra gente acordar, correr atrás, mudar, melhorar, crescer, evoluir espiritualmente.

Acho que ninguém tem a verdade absoluta, nem nenhuma religião é melhor que a outra. O certo é que o ser humano sempre procura o seu bem estar, sua felicidade, e cada um deve procurar desenvolver sua espiritualidade da forma que lhe convier, que lhe faça sentir bem, pleno e feliz. E para mim, Deus está em todas as coisas, em todos os lugares, em todos osmomentos, porque ele está dentro de mim, fortalecendo-me, abençoando-me, iluminando-me e ajudando-me a ser uma pessoa melhor dia após dia, com o outro e comigo mesma.

“Tudo posso naquele que me fortalece!”

Beijos, beijos, beijos \o/

segunda-feira, 21 de março de 2011

Um ciclo sem fim

Todos já ouviram falar que a vida é feita de ciclos, e que cada um de nós cruza por etapas, sobe degraus (às vezes desce alguns também), passa por diferentes fases nessa longa jornada da vida. E existem momentos que essas etapas chegam ao fim e devemos seguir em frente, continuar nosso caminho sem olhar para trás. Não vou dizer que é fácil reconhecer que algo chegou ao fim e que precisamos seguir em frente.

É muito complicado aceitar que estamos vivendo um relacionamento falido, ou que aquele emprego no qual passamos um tempão não nos serve mais, ou ainda que chegou a hora de sair da casa dos pais e trilhar com nossas próprias pernas. Nada disso é fácil, mas às vezes é preciso.


Quando algo já não nos serve mais precisamos ter coragem de tirá-lo de nossas vidas. É como aquele velho jeans que usamos durante muitos momentos bons e era peça coringa no nosso guarda-roupa, mas infelizmente com o passar dos anos nosso corpo mudou e ele não nos serve mais - muito triste - mas temos que mandar ele pra um bazar, passar adiante, fazer uma doação, seja lá o que for, para que nosso armário tenha espaço para outras peças que virão com cheiro de novo. É preciso terminar um capítulo para podermos iniciar outro.


Precisamos deixar ir embora. Soltar. Despreder. Precisamos encarrar as mudanças que acontecem em nós mesmos, precisamos abrir mão de quem fomos para podermos nos tornar quem somos.


Chega um tempo que precisamos viver no presente e não com as lembranças do que já foi. Precisamos fechar a porta, trocar o disco, curar as feridas, sacudir a poeira e seguir viagem.

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas...

Que já têm a forma do nosso corpo...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares...
É o tempo da travessia...
E se não ousarmos fazê-la...
Teremos ficado... Para sempre...
À margem de nós mesmos..."
(Fernando Pessoa)


Boa semana a todos... e que se inicie um novo ciclo!
Beijos, beijos, beijos \o/