Dando trégua às fofurices, ao romantismo e as coisas de mulherzinha, hoje vim fazer um post de protesto, protesto contra a ditadura da magreza que a indústria da moda e que a sociedade nos impõem. Hoje, dando aquela habitual checada nos sites de notícias, vi duas matérias que chamaram minha atenção, ambas relacionadas ao tema.
A primeira delas falava de uma declaração dada pela cantora febre Adele, que disse: "Meu objetivo de vida é nunca ser magra!", declaração esta que causou polêmica e chegou a ser vista como subversão. Ora vejam, uma pessoa famosa mundialmente não querer ser magra

(magra não, esquelética, que
é o que são a grande maioria das 'celebridades') é uma afronta. Hoje mede-se até o caráter de uma pessoa pelo seu peso, estampam uma pessoa que que está "acima" do peso nas manchetes como uma criminosa e a foto como a da ficha de um bandido detido, preso por sua subversão. Uma ditadura horrorosa, que pune os "gordinhos", que por muitas vezes se sentem excluídos, inseguros, desajustados e sem lugar nessa sociedade esquelética.
A outra matéria foi com a cantora Mallu Magalhães, que foi vista na praia com seu namorado, o também cantor Marcelo Camelo, exibindo sua "boa forma". A mo-

Eu mesma, por muitas vezes, vejo-me sendo escrava dessa ditadura, eu sei perfeitamente que não sou uma pessoa obesa, que não tenho problemas de saúde, mas engordei alguns quilos nos últimos anos e por onde passo sempre escuto aquela frase esmagadora, arrasadora: "Lari, tu tá gordinha". Isso deixa a autoestima no chinelo, a gente sai na rua e acha que todo mundo tá olhando nossos pneuzinhos, nossas gordurinhas. Parece que quando nos arrumamos pra sair, nunca ficamos bonitos, a roupa nunca fica bem. Se comemos algo que nos causa prazer, logo caímos em uma culpa sem fim. É algo tenebroso, sempre procuramos a forma "perfeita" das modelos esqueléticas, sem barriga, sem peito, sem bunda, sem perna...
Prefiro ser do time da Adele, que prefere pesar uma tonelada e ser reconhecida pelo que é, do que ser uma Nicole Ritchie e ser superficial. Já dizia Natalie Lamour, a mulher nasce com duas opções: ser magra ou ser feliz. Eu sem dúvidas, escolhi ser feliz!
NÃO A DITADURA DA MAGREZA!
Beijos, beijos, beijos \o/