domingo, 9 de agosto de 2009

Dia inesquecível



Hoje irei contar uma história sobre o pior e mais feliz dia da minha vida. Tudo começou em uma manhã tranquila de uma cidadezinha do interior do Maranhão, eu acabara de acordar, ainda estava de pijama assistindo tv na sala. Meu pai já havia ido para o trabalho, um banco, que ficava do outro lado da pracinha. Minha mãe estava na varanda conversando com uma daquelas vendedoras de produtos que batem de porta em porta.

De repente ouvi um som que parecia de uma bombinha de São João. Mas quando nos demos conta tinha homem atirando, e pessoas correndo e gritando: “Assalto no banco”. Meu coração quase saiu pela boca, literalmente. E começaram os tiros. Fechamos todas as portas, janelas e corremos pra nos abrigarmos no quarto dos meus pais que era nos fundos da casa. Minha irmã acordou assustada com o barulho dos tiros.Minha mãe há essa altura estava aos prantos. Foram alguns minutos de tiroteio, minutos que pareceram séculos. Eu só pensava no meu pai que estava lá no meio de todas aquelas balas, a sensação que eu sentia nem sei explicar, era de medo, um medo que tomava conta de mim.

Depois, silêncio. O assalto acabou, um homem veio trazer a notícia. Perguntei: “Cadê meu pai?”, e o homem enrolando dizendo que os bandidos já haviam partido. Insisti mais uma vez, dessa vez com toda a ênfase possível: “Cadê meu pai?”. E a resposta: “Levaram ele de refém”. O chão se abriu e eu caí em buraco fundo e escuro. Meu corpo todo começou a tremer, e um frio me invadiu de súbito. Foi a sensação mais horrível que já senti nesses vinte e poucos anos de vida.

Eu lembro de não ver mais nada ao redor. Eu só queria me cobrir, e aliviar aquele frio. Embrulhei-me, dos pés à cabeça, com vários cobertores, mas meu corpo não parava de tremer. Eu fechei meus ouvidos, não queria ouvir nada. O medo não me deixava raciocinar. E eu me balançava e tremia, desejando que tudo aquilo acabasse logo, não sei exatamente por quanto tempo fiquei ali.

Só sai daquele estado com minha irmã me chacoalhado e dizendo euforicamente: “Papai chegou, papai chegou!”. Eu saí em disparada rumo ao abraço mais gostoso que eu já dei na vida... foi a sensação mais maravilhosa do mundo, me sentindo ali protegida, refugiada e extremamente aliviada nos braços do meu pai.

Aquele sem dúvida foi o pior, e o melhor dia da minha vida. Sentimentos tão antagônicos. Medo e desespero arrebatadores, alivio e uma felicidade sem fim.

E naquele dia eu tive ainda mais certeza da importância do meu pai na minha vida. E hoje no dia dos pais, eu sou a filha mais feliz e orgulhosa de todas, por ter esse pai aqui comigo, ao meu lado, segurando minha mão. Obrigada Deus!

E o melhor de tudo, sabendo que é um sentimento e uma emoção recíprocos, basta ver a cara dele de apaixonado ao olhar pra mim, dizendo pra todos os amigos, “essa é minha caçula, a pitchuca do papai, esse cristão é minha vida”. E ele é a minha!

Te amo paiiiii!

Feliz dia dos Pais!

E agora ele é pai duplamente, é avô, e coruja viu?!
Quero desejar também um feliz dia dos pais especial para o meu irmão que é um pai maravilhoso, e que nos deu duas jóias preciosas. Te amo Léo, estamos te esperando... ;]

Como estou (sou) feliz minha gente!!!!

Beijos, beijos, beijos \o/

Um comentário:

Lanna disse...

eita, esse dia aí foi roça.... mas no final deu tudo certo, como diz o Dandan!!!! =]
Feliz dia dos pais pro meu pai maravilhoso e para tds os pais do mundo!!!!!