Nesses dias, enquanto esperava o ônibus em
uma parada que sempre acho bucólica - ás margens do rio Parnaíba -, tinha um
senhorzinho vendendo aqueles docinhos de goiaba, que alguns chamam de
goiabinha. Quando vi aqueles doces imediatamente eu quis comprá-los, não que eu
adore aqueles doces, mas eles me trouxeram de volta as lembranças das férias
que eu passava na casa da minha vó quando era criança!
Eu sempre comi um monte daqueles docinhos lá.
Casinha de zona rural, fogão a lenha, água no pote, bode, porco e galinha no
quintal, uma lagoa - rodeada de árvores frondosas e cheia de vitórias-régias (onde
pegávamos peixinhos com as mãos) - e uma vendinha de interior, onde comprávamos
as benditas goiabinhas. Foi uma sensação meio mágica, é como se eu estivesse lá
de novo, naquele mesmo tempo, sendo aquela mesma menina. Eu quis comprá-los não
pelo sabor em si, mas pelo que eles me despertaram. Comprei e comi. Comi com tanta
vontade, como se estivesse sentada na janela da casa da minha vó, olhando o
vaqueiro passar tocando os bois... enquanto ela cozinha aquele arroz da roça e
uma galinha caipira. Comi com se estive comendo não o doce, mas aquela
sensação, aquela lembrança.
Tempo bom que não volta mais!
“E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé".
Beijos, beijos, beijos \o/
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