quinta-feira, 27 de março de 2014

27 de março, Dia do Circo!

Vamos comemorar, dar piruetas e celebrar afinal, estamos em um grande picadeiro desse circo chamado Brasil, onde o trabalhador é o verdadeiro malabarista, que se equilibra na corda bamba com o salário que recebe no final do mês. Faz mágica para conseguir pagar todas as suas contas e ainda precisa poupar um pouco para o futuro. Nós, brasileiros, somos os verdadeiros macacos de circo, adestrados e obedientes aos nossos governantes, que são os grandes mestres de cerimônia do espetáculo, arrecadando nosso dinheiro e fazendo-o sumir como fumaça. Eles têm muitas cartas na manga e sabem tirar o coelho da cartola. Nós apenas assistimos, enquanto bom expectadores que somos, ainda aplaudimos quando eles, enquanto excelentes ilusionistas, transformam nossos tributos em muitos “programas de incentivo”. E a saúde? E a educação? E a segurança?! Isso tudo não passa de ilusão para confundir a plateia que não está nada atenta e se contenta com a política do pão e circo. Hoje tem alegria! Viva o Carnaval! Viva o Futebol! No Dia do Circo, meus senhores, vamos pintar o nariz de vermelho, deitar, rolar e gargalhar nesse picadeiro.
Feliz Brasil para todos!


Beijos, beijos, beijos \o/

terça-feira, 25 de março de 2014

Pesar

“Comovo-me em excesso, por natureza e por ofício. Acho medonho alguém viver sem paixão”. 
(Graciliano Ramos)

Muito medonho. Não falo apenas da atração entre homem e mulher, mas falo da paixão pela vida, pelas coisas, paixão que surge em um momento. Eu tenho pena, eu sei que pena é um sentimento ruim; mas é essa a palavra, eu tenho muito pesar por quem não se apaixona na vida. Por quem deixa passar um pôr do sol, com todas suas cores e luzes sem se comover. Sinto pesar por quem não consegue se pegar com um sorriso nos lábios ao ver uma criança brincar, com sua inocência e delicadeza. Com quem não tem sensibilidade para apreciar uma bela música, se emocionar e se sentir tocado. Deve ser muito triste mesmo viver sem se encantar com a lua, em todas as suas fases, quando ela vai “crescendo aos poucos”, solitária e linda, até se tornar cheia e rainha da noite. Que vida sem graça deve ser a vida de quem não se deixa flutuar, feito bolha de sabão rodopiando pelo ar, com suas cores fascinantes. Quão monótona deve ser a vida de quem vive trancado dentro de si e não consegue se encantar com as pluralidades, nem admirar cada diferença do outro e descobrir que o mundo é bem maior que seu próprio umbigo. Quão pesada deve ser a vida de quem sempre carrega o fardo do trabalho, dos problemas domésticos, do cansaço e da reclamação; sem perceber que o seu dia-a-dia tem muito mais beleza do que ele possa supor. Deve ser horrível acordar pela manhã e não correr pra ver o céu azul esperando lá fora, cheio de nuvens branquinhas, que mais parecem flocos de algodão. Fico imaginando como deve ser não se arrepiar ao ouvir a chuva cair no telhado e ao sentir aquele cheirinho de terra molhada. Eu me compadeço de quem espera grandes acontecimentos para se sentir feliz, sem perceber que a felicidade está ali guardada dentro de um abraço, naquele disco velho na estante, naquele livro com cheirinho de novo que você ganhou no seu último aniversário, no aroma de comida caseira que lembra sua infância, naquele cálice de vinho e nas notas de um jazz ou de qualquer outra música que te traga aquela sensação boa, que você não sabe nem explicar... quem muito espera vive sem ao menos se dar conta que a felicidade está do seu lado flertando a cada momento e o convidando para dançar. Como diz o piauiês, deve ser ‘mó paia’ não admirar a imensidão do mar e sentir toda a positividade que ele exala, cheio de mistério e magia, e se permitir ficar nem que sejam 10 minutinhos o contemplando e se energizando, deixando que ele leve tudo de ruim pra além-mar. Quão pavorosa deve ser a vida quem vive de mau-humor, sempre querendo mais e não se sente grato por tudo que tem, pela comida no prato, pelos amigos, pela família, pelas flores no jardim que exalam seu perfume lá fora, pelo ar que entra nos pulmões, por estar vivo. Deve ser um horror viver nessa escuridão, caminhar pela vida deve ser uma carga muito pesada de quem caminha com uma bigorna amarrada aos pés.
Eu não, eu quero ser dia de sol, quero ter a leveza das plumas e a beleza de quem ama! Como diz Manoel de Barros: “Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos. Tenho abundância de ser feliz por isso. Meu quintal é maior que o mundo”. ;)


Beijos, beijos, beijos \o/

quinta-feira, 13 de março de 2014

Livre, leve e louca


Eu não sou sempre madura
Não sou sempre segura
Não sou sempre sensata
 Às vezes ajo por impulso
Cometo infantilidades
Sinto ciúmes, desço do salto
Berro verdades
Sei que nunca fui perfeita
Nem pretendo ser
Mas aparo minhas arestas
Sigo em frente e faço festa
Por trás do meu discurso
Por trás da minha retórica
Existe uma mulher que também sofre
Que também sangra
Por trás dos meus passos firmes
Existe certo desequilíbrio emocional
Eu sou única
E sou plural
Às vezes destemperada
Louca
Descabelada
Apostando com a sorte
Ganhando por um triz
E sem a mínima vergonha
De ser escandalosamente feliz

Beijos, beijos, beijos \o/

segunda-feira, 10 de março de 2014

Alerta vermelho

Às vezes os homens subestimam suas companheiras e deixam de vê-las como mulheres desejáveis que elas são. Entre a rotina, os afazeres domésticos, os cuidados com os filhos os homens tendem a se acomodar, esquecem a conquista do dia a dia, a delicadeza do toque, a troca de olhares ou até mesmo um simples bom dia. Acabam valorizando mais a companhia dos amigos do que da esposa, pensando que só o fato de serem o macho alfa e dominante é o suficiente. Enquanto ela caça um milhão de vaga-lumes por ele, ele não caça nenhum mosquito por ela e tão pouco se sente grato pelo o que ela realiza e sacrifica em prol da harmonia familiar. Muito pelo contrário, acha que ela só faz sua obrigação.
Aí meu amigo é que muitas vezes entra a figura do ‘Ricardão’, que, o oposto do marido, ver as qualidades da mulher e as elogia, demonstra o quão agradável é sua companhia, como ela é engraçada e inteligente, além de linda! E a mulher, que já havia até esquecido disso, sente-se revigorada, valorizada e se percebe ainda viva.
Quando ela chega em casa recebe do marido aquele sexozinho meio a boca, meio que pra cumprir tabela, no estilo “vamos acabar logo com isso”.  Pois, ele acha que ela já o pertence, sempre estar e estará ali como a figura da dona do lar e mãe de família, e que não precisa mais conquistá-la, esquecendo que a conquista é eterna e que aquela mãe de família, é também mulher de carne, osso e desejos.
Enquanto isso, o ‘Ricardão’ ronda a porta, inflando a autoestima da gata carente de atenção. Ela até tenta ceder à tentação, mas, de forma diferente do que o marido pensa, ela também tem tesão, também sente as necessidades da carne e aí... O final dessa história nem sempre acaba em traição, mas é bom não descuidar e ficar sempre atento
Para as mulheres digo, lutem por seus casamentos. Tomem a atitude, inovem, surpreendam. Não esqueçam sua natureza sedutora e nem deixem que seus maridos esqueçam, pois o contrário também pode acontecer.
Para os homens o conselho é, ‘abram o olho’ e nunca esqueçam a mulher maravilhosa que dorme todos os dias ao seu lado. E aí, vai deixar ela ficar só dormindo?

Beijos, beijos, beijos \o/