Era sábado, o relógio marcava 17h:35min, o sol se preparava pra se pôr, o céu estava especialmente belo aquela tarde, com poucas nuvens e em tons de rosa alaranjado. O clima estava delicioso, as arvóres dançavam ao bel sabor do vento, e Mário aproveitou a tarde de bobeira pra tomar um bom vinho, a companhia? Coldplay. Ele sentou-se ao pé da janela para admirar o belo cenário que se armava no horizonte. Ele sentiu uma melancolia sem saber bem o porquê. Talvez fosse a música (speed of sound), ou talvez fosse luto por mais um dia que partia.
Ele olhou mais uma vez para as cores do céu e sentiu uma brisa morna tocar sua face, por um minuto ele fechou os olhos e desejou que ao invés daquele sopro fossem as mãos de Cecília que acariciassem seu rosto. Ah, Cecília! Se ao menos ele tivesse coragem... Ele podia sentir suas mãos delicadas e seu perfume doce, como seu sorriso o inebriando e entorpecendo. As pequenas mãos de Cecília estavam agora tocando sua nuca, ele sentiu o hálito fresco se paroximando de sua boca envolvendo seus lábios em um beijo lento e profundo, ele sentiu sua respiração acelerar, o beijo agora ganhava um ritmo mais frenético, e as mãos de Cecília percorriam pelos cabelos de Mário puxando-os suavemente, as mãos dele por sua vez apertavam a cintura dela puxando-a mais pra perto pra que podesse sentir melhor seu corpo que a essa altura tremia. Ele começou a beijar a nuca dela enquanto percorria seu corpo com as mãos, mãos inquietas, mãos aflitas. Ela sentindo a respiração dele ao pé do ouvido, podia sentir também seu coração bater, e ele batia apressado. Seus corpos se enroscavam ávidos por prazer, procurando um ao outro, tentando descobrir cada centímetro do outro, desejando ser a extensão do outro. Eles se despiram, e ele se admirou com a beleza dela, mas não conseguiu pronunciar uma só palavra, e nem precisava. Eles se amaram ali mesmo no tapete da sala, naquele momento eles eram um só. Depois do amor seus corpos suados descansaram nos abraços um do outro de mãos entreleçadas.
Din-don! Seria o coração? Não, era a campainha o tirando de seu devaneio e trazendo-o de volta à realidade. Din-don! Ao abrir a porta tamanha foi a surpresa: "Cecília?!"
Será? Por que não?! ;)
Sabe que eu também quero parar de sonhar acordada para poder viver uma doce realidade. Se tempo me ajudar...
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