Ela se sentia assim vazia, só, triste. Parecia estar tudo de cabeça para baixo e ela se sentia tão infeliz que não via nada que pudesse motiva-la. Sua vida estava um tédio, nada que pudesse alegra-la. Talvez um colo de mãe fosse bom nessa hora, mas a sua não estava por perto para ouvi-la e consola-la. Estava rodeada de pessoas estranhas que não entendiam nada do que estava se passando em seu interior, não entendiam seus sentimentos, seus medos ou suas angustias. É como se estivesse vivendo em um mundo estranho onde nunca havia habitado. O espaço físico era o mesmo, mas parecia tudo tão diferente, estava tudo cinza. O que aconteceu? Parecia que tinha dormido por mil anos e acordara em um lugar frio e escuro, ela não via cor alguma por ali. Uma brisa gelada batia em seu rosto, isso lhe causava arrepios de tristeza. Mas em algum lugar, por mais longe que fosse, devia haver algum calor, devia haver alguém com quem pudesse conversar, alguém que pudesse aquecer seu coração que parecia haver congelado. E não demorou muito ela descobriu que esse lugar e esse "alguém" de fato existiam, e estavam ali tão perto. Lá o sol brilhava em seu rosto e ela se sentia aquecida, aquela brisa gelada não conseguia mais alcança-la. Nos braços daquele rapaz, que mais parecia um príncipe saído dos contos de fada, ela se sentia tão querida e amada que nem pensava em voltar para aquele lugar feioso e gélido. Ali era quente e aconchegante, aquela sombra que sempre estava por trás de seu olhar parecia esvair como fumaça, os momentos que passava ali eram tão sublimes e doces que ela parecia levitar. Era tudo tão maravilhoso que ela esquecera que deveria voltar, o vento que anunciava a tempestade começava assobiar em seus ouvidos, e nuvens negras começavam a encobrir o azul do céu, então ela sabia: "É hora de partir". A partida era sempre tão dolorosa, ela sentia os pingos da chuva bater em sua alma como se fossem facas penetrando em seu corpo. "É preciso", ela ouvia o príncipe dizer, ele prometera que um dia a resgataria da escuridão e a traria para viver com ele naquele lugar e sonhos. Então ela se preparava para partir, as primeiras lágrimas começavam a rolar em sua face, e partia com uma dor tão dilacerante no peito que nem conseguia raciocinar, apenas chorava como uma criança que quer colo. Mais uma vez ela sentia aquela brisa que tanto temia e odiava, o príncipe não estava ali para lhe dar calor. Então ela adormeceu de tanto cansaço, a volta foi difícil e ela estava exausta. O que restava era sonhar como os momentos de puro esplendor que passará ao lado se seu amado, e já podia sentir os primeiros raios de sol.
Esse conto aí eu escrevi já faz algum tempo. Ele é assim meio depressivo, mas acredito que todos nós trazemos um pouco de tristeza e solidão =( Mas quando as coisas não vão bem a gente sempre tem que procurar um meio de trazer alegria pra nossas vidas. É como diz a música do Los Hermanos: "Abre essa janela primavera quer entrar". Então deixemos nossas portas e janelas abertas pra que nossas vidas fiquem cheias de flores.
Uma óootima semana para todos, com cheiro de terra molhada! ;)
Bjos ;****
Um comentário:
a inteligente que eu tenho...Te amo vc sabe né cabeça de tucum...
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