Num-se-pode

Arte: Cybelli Rocha



Num-se-pode com tamanha beleza
Na calada da noite a passear
Num-se-pode parece uma alteza
E a lua vem lhe embalar
Num-se-pode, uma bela aparição
Encantando os caboclos do sertão
Embaixo do poste pedindo um cigarro
Sorrindo pra chamar atenção
Num-se-pode na Praça Saraiva
Vai crescendo até o lampião
Assustando até cabra da peste
Num-se-pode, será assombração?!
Num-se-pode é moça formosa
Talvez seja só mais uma bela lenda do sertão

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Fiz esse poema inspirado em uma das mais tradicionais lendas teresinenses: "Num-se-pode". A lenda conta a história de uma linda mulher que, tarde da noite, aparecia na Praça Saraiva ostentando sua beleza debaixo de um dos lampiões ali existentes. Movidos pela beleza da moça, os homens se aproximavam para conversar, ou quem sabe, aventurar mais uma conquista. Ao chegarem perto, a linda mulher pedia-lhes cigarro, e quando recebia começava a crescer, crescer, até atingir o topo do lampião de gás e nele acender o cigarro. Enquanto crescia, ela repetia: "num-se-pode, num-se-pode, num-se-pode,...". Essa lenda já foi fonte de inspiração para muitos poetas, tem um poema, em especial, que recomendo à vocês do Rubeni Miranda e Zé Rodrigues, na verdade acho que é letra de música. Quem se interessar é só procurar no Google, o nome do poema é "Não se pode".

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Bom finalzinho de semana pra todos vocês, fiquem com Deus e cuidado com a Num-se-pode. Hahaha!

Beijos, beijos, beijos \o/