quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Filhos, pra que tê-los? E se não tê-los, como compreendê-los?

Numa sexta-feira à noite (calma gente, não é uma história de terror) em uma conversa de família animada surgiu o tema ‘pais e filhos’, pauta sempre recorrente em conversas familiares. Para os filhos os pais sempre querem que eles ajam, pensem, sintam como eles, os pais nunca entendem que os filhos são pessoas com atitudes, sentimentos, pensamentos e vontades próprias. Para os pais os filhos nunca enxergam que tudo o que fazem é para o seu bem, que os filhos são as coisas mais preciosas de suas vidas e que quando erram é sempre tentando acertar, e sempre vem aquela manjada frase “Quando vocês tiverem filhos entenderam”.

E já que sempre há essas discussões, contradições, divergência de pensamentos eu fiz a pergunta: afinal pra que ter filhos, fazendo um convite a reflexão. Vamos por partes. Tudo começa na gravidez. Primeiro seu corpo começa a se modificar, você começa a engordar, seus seios começam a aumentar (o que pra uma parte das mulheres é uma coisa boa, mas já pra mim que não sou alguém assim exatamente ‘despeitada’ não é nada bom), começam os enjoos, tonturas, vômitos, idas frequentes ao médico. Depois a criança começa a crescer, a pular, a chutar. Você come feito uma draga. Os seios ficam cada vez maiores. A pança também. E já começa os gastos com o enxoval do bebê, sem contar nas preocupações e medos: ‘será que ele irá nascer perfeitinho?’, ‘será que serei uma boa mãe?’, ‘será que terei um bom parto?’. Ai meu Deus, O PARTO. Que horror. Se optar por ter natural serão horas e horas de contrações, dizem até que é a pior dor do mundo. Mas imagine uma criança saindo, rasgando tudo. Não gosto nem de pensar! Uuui! Já se você optar por um parto cesariano não sentirá tantas dores, em compensação ficará debilitada por váaaaarios dias, com um corte gigantesco na barriga, sem poder falar, caminhar, essas coisas básicas.

Pronto, a criança nasceu, nos livramos dos enjoos, chutes, daquela barriga imensa, mas os peitões continuam lá e pior escorrendo leite o dia inteiro. E a criança não dorme, e como chora. Você também chora, mas é de sono e de cansaço. O menino passa o dia todo pendurado mamando, e dizem que às vezes dói. E como faz xixi e número 2 sem parar, e dá lhe fralda. Depois você começa a incluir a mamadeira na alimentação da criança, e dá lhe leite. E as roupinhas já não servem mais, e dá lhe mais gastos. Sem contar que sua vida sexual vai de mal a pior, já que você não tem tempo pra mais nada, e quando tem só pensa em dormir. As pessoas já não perguntam mais de você, elas só querem saber do bebê. Os mimos e presentes são todos pro bebê, você não tem mais vida própria, só vive a vida do bebê... bebê, bebê, bebê.

Agora a criança já ta grandinha, você já pode voltar pro trabalho. Mas você não consegue se concentrar em mais nada, a não ser no seu bebê sozinho em casa com uma babá, e aquele sentimento de culpa vai lhe consumindo, e você se sente a pior mãe do mundo e sofre.

O bebê aprendeu a caminhar, que lindo! Nada disso, ele agora mexe em tudo, quebra tudo, destrói tudo. Você já não pode mais deixar seu celular, seu livro ou cd preferidos dando sopa em cima da mesinha de centro. Você tem que tomar cuidado com objetos de vidro ou cortantes, e com as tomadas também.

Lembra aquelas loucuras que você fazia antes da chegada do bebê?! Sexo selvagem no chão da sala, noites de baladas... esqueça! Agora tem uma criança em casa.

No decorrer desse tempo você vai está trabalhando feito uma condenada pra sustentar a criança, pois ela tem dado muitas despesas com fraldas, leite e outras cositas más.

Tudo bem, ele já está crescido o bastante, é hora de ir para a escola. E dá lhe mais gastos, mais preocupações, mais trabalho... tarefinha, briguinha com o coleguinha, ‘a fulaninha tem tal mochila eu quero uma também’.

Depois vem adolescência, ou melhor, ‘aborrecência’. Ele começa a namorar, é aquela confusão. Ele é sempre o centro das atenções, quer tudo do jeito dele, uma rebeldia sem fim. Sem contar que muitos deles não querem estudar, e dá lhe mais dor de cabeça. Se for menina então, é maquiagem, salão de beleza, roupas de marca. E você que trabalhe pra pagar, afinal você não pensa mais em você, agora você é mãe, seus filhos vêm sempre em primeiro lugar. Sabe aquela sandália maravilhosa e caríssima que você conseguiu comprar depois de meses de economia?! Já era amiga, ela tomará de conta.

E ele começa a querer sair à noite, e logo você não consegue mais dormir até que esteja são e salvo em casa. O mundo anda tão violento, drogas, doenças venéreas. Inda por cima você tem que levantar no meio da madrugada pra ir buscá-lo na festinha.

Logo ele aprende a dirigir, e claro suas preocupações aumentam. Quanta violência no trânsito, jovens dirigindo alcoolizados. É terrível.

Agora ele já está prestes a se formar, depois de você ter passado uma vida trabalhando pra pagar escola, livros, veio a recompensa. Dever cumprido. Que nada amigo, agora é a preocupação: “será que vai conseguir entrar no mercado de trabalho?”, “crescerá na vida?”. E em meio a tantas preocupações às vezes você acaba pagando cursinhos caríssimos pra vê se ele passa em um concurso bacana e consegue se estabilizar na vida.

Arrumou um emprego bacana, você está feliz e satisfeito. Agora ele inventou de casar. Mais dor de cabeça. “Será que meu filho será feliz nesse casamento?”. E começam as brigas naturais de um casal, e claro você se desespera e não consegue mais dormir direito, afinal é a felicidade do seu filho que está em jogo. E ele tem os seus próprios filhos, e claro que é você que toma conta deles. Enquanto seus netos lhes dão trabalho, seus filhos estão numa boa, curtindo uma balada.

E será assim até o dia que você morrer... “Filhos criados, trabalhos dobrados”.
Aaaaahhhhhhhhhhh.... Socorro!!!!!! Eu me enganei, isso é sim uma história de terror. E então: Afinal, pra que ter filhos?!

Porém, apesar de tudo isso, mesmo com todo esse trabalho, esforço, abnegação, sacrifícios, etc e tal... todos são unânimes em dizer: TER FILHO É A MELHOR COISA DO MUNDO!!!

E eu também quero... ;P

Beijos, beijos, beijos \o/

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

(De) Repente


Fui julgado e condenado
Meu crime?
Ter amado
Eu fui abandonado
Inda por cima escorraçado
Banido e acusado
Por causa desse sentimento
Mas me diga meu amigo:
Vê se tem cabimento
Como pode arrebatamento
Ser considerado delito?
Um amor assim tão bonito
Lhe - digo mais, quase bendito
Foi chamado de maldito
Agora vivo aprisionado
Dentro desse sofrimento
E sigo sempre alcoolizado
Pra vê se surge o esquecimento
De um dia ter amado
E ter sido incriminado
Humilhado e desprezado
Hoje a bebida é meu alento
E me diz que eu fique atento
Pois isso vai ter um fim
Liberdade, liberdade
Abre as asas sobre mim
Beijos, beijos, beijos \o/

terça-feira, 22 de setembro de 2009

As cores da primavera


Preto
Essa é a festa das cores
Colorindo o mundo de alegria
Lavando todas as dores
Exalando poesia

Marrom
Quero fincar os pés no chão
Criar raízes como as árvores
Ter a segurança em minhas mãos
E os sonhos lá nos ares

Roxo
Tristeza vai ter um fim
Quando a primavera chegar
E tomar conta de mim

Azul
Imensidão do céu
Prata da lua
Que brilha no horizonte
Azulejando a rua

Lilás
Sentimento que transborda
Tênue fio lunar
Que dorme depois acorda
Enchendo de magia o ar

Rosa
Nome de flor
Cheiro de mulher
Traz na simbologia o amor
Amor que faz de mim o que quer
Amarelo
Ouro do sol
Calor que arde
Brilha mais que farol
Alegria que chega fazendo alarde

Laranja
Alegria, alegria
Faz a terra girar
Com positivas energias
É felicidade a dançar

Vermelho
Paixão que chega sem avisar
Faz o sangue ferver
Deixa tudo de pernas pro ar
Faz até a terra tremer
Verde
Pedra preciosa
Verde esmeralda
Dona de grande beleza
Viva a mãe natureza!
Branco
Paz é poder andar descalço
Sentir a liberdade
Sem ter a violência em meu encalço
Ser verdadeiramente livre, com dignidade





Hoje é o primeiro dia da primavera, e como adoro esta estação do ano - apesar de nossa capital não tê-la bem acentuada (pelo menos florescem os ipês =p) - resolvi fazer uma singela e colorida homenagem!!!!

Beijos, beijos, beijos (floridos) \o/

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Blog: tê-lo ou não tê-lo?!

Oi gente, vocês devem ter percebido que ultimamente tenho aparecido por aqui com uma frequência menor, primeiro por um pouco de falta de tempo e segundo, e principalmente, por estar meio sem assunto =/. Devo confessar que sempre tive certo receio em criar um blog, justamente por achar que não conseguiria levá-lo adiante.

Anteriormente já havia feito 2 tentativas de ter um fotolog e não consegui mantê-los no ar, e olha que era adolescente. Então eu pensava, se não consegui manter um flog, quem dirá um blog. É querer demais da minha pessoa.

Eu sou advinda da comunicação e nessa área é comum se ter blogs, e a maioria das pessoas ao redor, claro possuía um, e sempre me incentivavam a fazer um também. “Faz um também Lari!”, mas não tinha muita paciência pra essas coisas.

Então um belo dia, por um ato de impulsão, bem típico da pessoa aqui, vocês já devem ter percebido esse meu jeitinho de ser, criei-o. Mas, de início, não foi uma daquelas impulsões tipo um estalo, um click, um sexto sentindo, algo maior que tomou conta de mim, foi pura infantilidade mesmo, imaturidade, seja lá como queiram chamar, e também já não convém mais falar sobre isso, mas que a longo prazo se demonstrou uma atitude gratificante, pois eu acabei me apegando a esse espaço aqui. Então mesmo minha impulsão sendo um pouco infantil às vezes, no final dá tudo certo, como diria aquele dito popular “Não há um mal que não traga um bem”.

E por mais que eu saiba que meu público não é nada comparado ao do Diogo Mainardi, eu gosto de escrever aqui, de dividir meus pensamentos e devaneios com vocês poucos, que na verdade em sua maioria são meus amigos íntimos e familiares. Tudo que vejo por ai penso: “vou colocar no blog”. Ele já se tornou parte de mim, já faz parte da minha vida. Foi tão lindo isso!

Então no final das contas, entre mortos e feridos salvaram-se todos. O saldo é positivo, definitivamente, foi uma atitude acertada criá-lo, hoje sou muito feliz em tê-lo. Aqui desabafo, choro, sorrio, aprendo, me estimulo, vacilo, dou umas mancadas de vez em quando, mas o mais importante de tudo, sempre me emociono e me sinto feliz em dividir parte de mim com vocês.

Tá vendo, é exatamente por isso que tenho atualizado pouco, pra não ficar horas aqui falando, falando, falando, falando... minhas besteiras, o que também é bem típico da gata aqui! Mas, como dizem "melhor falar besteira que ser mudo". Hehehe.

Beijos, beijos, beijos \o/

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Por que ser feliz é tão difícil?!

Certa vez vendo uma entrevista, que não me recordo agora exatamente com quem, foi feita a seguinte pergunta: “Pra você, por que o homem veio ao mundo?”, e a pessoa respondeu: “Pra ser feliz!”. A resposta foi simples assim, sem rodeios e sem titubear. E eu parei pra pensar e constatei que de fato nós estamos sempre na busca por essa tal felicidade, esteja ela em um relacionamento, em uma carreira de sucesso ou na união da família.
Mas por que é tão difícil ser feliz?! Por que estamos sempre nessa busca sem fim? A princípio bastaria o simples pacote: amor, saúde e dinheiro no bolso.
Mas o homem é um eterno insatisfeito. Pra ter dinheiro não basta pagar o aluguel e as contas no final do mês, temos que poder pagar viagens, carro do ano, jantares, hotéis cinco estrelas.
Saúde? Não basta o simples fato de não estarmos doentes, temos que ter o corpo magérrimo, sarado e irresistível.
Na vida profissional não adianta ter um emprego estável, com o salário todo final de mês, temos que ser a estrela da empresa e brilhar como profissional competentíssimo.
No amor?! Não adianta ter uma pessoa bacana com quem podemos contar, fazer sexo de vez em quando e dividir uma pizza no domingo, isso é pensar pequeno. Temos que estar visceralmente apaixonados, fazer sexo selvagem todos os dias, declarações de amor eterno, jantares a luz de vela, enfim queremos AMOR, todo maiúsculo.
Quer saber o que eu acho? Ter um “coberto de orelha fixo” pode ou não ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, ser feliz com ‘ficas’ ocasionais, ser feliz com um namorado, ou sem nenhum. O amor nunca é minúsculo, nunca é pequeno. O amor é sempre grande, e maior deles é o amor-próprio.
Quanto ao money, dizem que ele não compra felicidade. E acho que não compra mesmo, claro que ajuda bastante. Mas por que não usufruir do que temos agora? O amanhã nunca se sabe. Acho que não compensa ficar juntando, juntando, juntando... vamos gastá-lo com o que nos apetece, um cinema ou um bom livro. Fazer um pezinho de meia é bom, mas sem exageros.
E a saúde?! A maior dádiva do ser humano. Ok, tudo bem se você não tem o corpinho da Juliana Paes, mas ao acordar sinta o ar entrando pelos seus pulmões, abra o olhos e corra para ver o azul do céu. Estar vivo, gozando de sua plena saúde física e mental e a coisa mais maravilhosa desse mundo.
Então vamos ser felizes. Do jeito que der, do nosso jeito, com ou sem dinheiro. Solteiro ou acompanhado. Magro ou gordo. Feio ou bonito. A felicidade é simples, não deixemos ela escapar por não percebermos sua simplicidade, ser feliz é simples assim. Ser feliz é navegar por águas tranquilas e seguras. Já dizia Mário Quintana: "A felicidade transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade...". Felicidade é sinônimo de paz.

Beijos, beijos, beijos \o/

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Mais de mim


Eu sou aquela que já
Vacilou, amou, perdoou
Sentiu saudades
Ficou, chorou


Perdi, também ganhei
Vibrei, pulei, comemorei
Me perdi e me encontrei

Eu sou feita de
Sonhos interrompidos
Amores mal resolvidos
Detalhes despercebidos

Sinto falta
De lugares que não vi
Experiências que não vivi
Coisas que esqueci


Sorrir pra não chorar
Tentei fugir pra não enfrentar
Fingi quando queria na verdade abraçar
Desisti sem nem mesmo tentar

Sou feita
De choros sem razão
Pessoas do coração
Atos por impulsão

Sinto por
Coisas que falei
Amizades que não cultivei
Pessoas que magoei

Mas continuo
Vivendo
E aprendendo



Beijos, beijos, beijos \o/